Eu sou a SERRA mãe das aroeiras
Você que passa e nem sequer me vê
Se delicia com a cor do ipê
E com o cheiro vindo de ingazeiras
Com o balançar alegre das palmeiras
Com o chão molhado que me faz mais terra
Foi nosso Deus quem fez e Ele não erra
Um campo vasto de belas gardênias
De cedro angicos Senhor, peço vênias
Ensine o homem replantar a SERRA.
Vê-se a queimada fogo desumano,
Matando o solo me tornando infértil
Que seja ela o último projétil
Que com furor me atinge todo ano
E vem a chuva pro meu desengano
Pois depois dela vem a construção
De moradia nobre em profusão
Que na justiça faz seus desafios
Enquanto no meu leito os velhos rios
Mudam tristonhos sua direção.
Eu sou a SERRA, outrora verdejante
Que me adornava com pés de café
Nas serranias de Baturité
Foi num passado tempo não distante
Que meu pedido ecoe retumbante
Cada serrano não se faça omisso
Que todos tenham como compromisso
Salvaguardar meus animais a flora
A cachoeira que sem água chora
A lenta morte deste meu Maciço.
Francisco José Pessoa
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O amor de todo mundo Para mudar o mundo.... (Ítalo Rovere) Abraços Poéticos