O Amor de Todo mundo
Para mudar o mundo ( Ítalo Rovere )

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

LAMENTO DA SERRA

Eu sou a SERRA mãe das aroeiras

Você que passa e nem sequer me vê

Se delicia com a cor do ipê

E com o cheiro vindo de ingazeiras

Com o balançar alegre das palmeiras

Com o chão molhado que me faz mais terra

Foi nosso Deus quem fez e Ele não erra

Um campo vasto de belas gardênias

De cedro angicos Senhor, peço vênias

Ensine o homem replantar a SERRA.

Vê-se a queimada fogo desumano,

Matando o solo me tornando infértil

Que seja ela o último projétil

Que com furor me atinge todo ano

E vem a chuva pro meu desengano

Pois depois dela vem a construção

De moradia nobre em profusão

Que na justiça faz seus desafios

Enquanto no meu leito os velhos rios

Mudam tristonhos sua direção.

Eu sou a SERRA, outrora verdejante

Que me adornava com pés de café

Nas serranias de Baturité

Foi num passado tempo não distante

Que meu pedido ecoe retumbante

Cada serrano não se faça omisso

Que todos tenham como compromisso

Salvaguardar meus animais a flora

A cachoeira que sem água chora

A lenta morte deste meu Maciço.



Francisco José Pessoa

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O amor de todo mundo Para mudar o mundo.... (Ítalo Rovere) Abraços Poéticos

 
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